Etapas: joias, do desenho à peça
Etapas de criação e produção
A tecnologia, de forma cada vez mais rápida e mais abrangente, vem mudando tudo, em todos os setores.
Dos mais complexos processos fabris dentro de fábricas e instalações industriais, passando por controle e monitoramento aeroespaciais, até os mais simples e rotineiros hábitos pessoais – quem vive sem celular hoje em dia? – a tecnologia altera tudo, a todo momento.
Na joalheria, atividade milenar, com registros conhecidos de sua presença entre diversos povos há milênios, não poderia ser diferente.
Partia-se da concepção e inspiração originais – estas felizmente sem substituição! – que levam a um primeiro esboço, a um desenho ilustrativo, se anotavam o máximo de informações possíveis. De posse disso, longas conversas com um mestre ourives, a fim de explicar detalhes de construção, forma, cravações e acabamento – nem sempre bem explicadas de um lado, e / ou bem compreendidas do outro…
Isso levava a muitas correções, refazimentos, perda de material e custos.
Hoje, a exemplo da arquitetura e engenharia, programas de computador especializados são usados para reproduzir o desenho na tela – comtodos os detalhes de junções de partes, ângulos, tipos de cravações, soldagens, medidas precisas de encaixe, espessura, chegando ao final com a determinação do peso exato da peça que será criada – para várias ligas de metal utilizadas – propiciando o cálculo preciso de seu custo, antes da peça sair do polimento final.
No meio do processo, são efetuadas correções e ajustes não previstos no plano do desenho em papel, levando a uma precisão e definição notáveis, que só artesões de bancada muito experientes alcançavam, poupando muito tempo e tornando muito ágil a produção final de joias. Essa fase acaba com a renderização, que é a ilustração digital da peça desenhada no computador, acrescidas das cores e reflexos próprios do metal, pedra e detalhes concebidos.
A imagem abaixo, de nosso Anel Meridianos com turmalina, apresenta bem o produto final do trabalho desses programas – trata-se não de uma foto, mas ainda de uma imagem digital feita em computador. Essa peça abaixo, tão real, ainda não existe!
O programa gera então um arquivo com todo seu conjunto de especificações necessárias, que irá alimentar – mais tecnologia aplicada! – uma impressora 3D, hoje cada vez mais familiar, acessível e presente. Ela irá imprimir um modelo exato do desenho em resina, reproduzindo perfeitamente o modelo concebido. Há várias técnicas, impressoras e materiais disponíveis e utilizados nesta importante fase.
Daí, o modelo físico impresso segue para a criação de um molde, perfeito e preciso em seus mínimos detalhes, que guardará sua imagem reversa, e que em fase seguinte receberá cera, cuja contra-peça formada será levada junto a outras, a uma “árvore de fundição”.
Dentro de um forno de fundição, operado e controlado por especificações introduzidas digitalmente, em equipamentos cada vez mais aperfeiçoados – mais tecnologia – a árvore recebe a liga correspondente de metal fundido, que derrete a cera ou resina utilizada, tomando seu lugar.
Fundida assim a peça, segue, conforme sua complexidade, direto para o polimento final, ou para as bancadas de ourives – profissionais sempre necessários na joalheira – para os acabamentos finos e precisos finais, junções de partes, soldagens ou cravações, antes da joia estar pronta e aprovada para comercialização.
A produtividade, precisão, economia de custos e de tempo assim trazidas pela tecnologia contribuem enormemente para a joalheria destes rápidos tempos modernos – inspirando novos desenhos e possibilidades às mentes criadoras – e vem mais aí pela frente, acreditem.
Veja Também:
Artigos Relacionados

PSantoro Joias na JewelryShops1 !

Como escolher a cor das suas joias
